terça-feira, janeiro 28, 2014

Entrevista de Janeiro/2014


REVISTA JORRES
ENTREVISTAS & CONQUISTAS


40ª Edição: Janeiro/2014

CAROLINA SOUZA

Determinação e coragem: Que tal começar o ano de 2014 com criatividade e ousadia para evangelizar e fazer a diferença neste mundo? Vamos ao studio da alma da nossa querida futura arquiteta? 

J: Quem é a Carol?

C: A Carol é muito humana no sentido de pensar no próximo. No sentido de não querer nada pra si, e pensar muito nos outros. Primeiro eu penso no que será bom para a minha família, apesar de parecer pouco, depois penso no que será bom para o meu relacionamento quanto ao Rodrigo, e quanto as pessoas mais próximas para depois eu pensar no que realmente a Carol quer. Lhe dar com isso foi difícil por bastante tempo... Eu tive que aprender quem eu era e o que eu era, porque eu me escondia atrás da necessidade das pessoas mais próximas de mim. E acho que minha intimidade com Deus e com a Virgem Santíssima me fez ser apaixonada pela vida e me deu mais vontade de viver e de que as coisas aconteçam. Um grande amigo uma vez me disse que na nossa vida temos que ser o ator principal e não o coadjuvante, a minha história é minha história. O que eu vivo hoje ninguém viverá mais... E depois que eu comecei a colocar isso em prática, eu acho que tenho vivido melhor, as coisas têm acontecido, a profissão tem acontecido. Sou alguém que busca a felicidade sem me esquecer dos mais próximos e faço o possível para não pisar nem machucar ninguém.

J: Faça a linha do tempo da sua caminhada...

C: É difícil, mas é fácil... (Risos). São 15 anos, só, né? Bom, minha caminhada na igreja começou com a 1ª Eucaristia em 1999, os meus catequistas eram o Leandro e a Priscilinha. Eu fazia catequese com bastante gente (Aline, Karina, Andila, Luana...). Logo depois entrei para o coral da Nalva que era a sensação do momento, todo mundo queria cantar. E por influência de um tecladista eu me tornei coroinha também. Em 2000 ainda eu permaneci, continuei como Maria-Aninha, apesar de todas as meninas terem saído e o padre ter me chamado para conversar perguntando porque eu queria continuar sendo que as meninas eram mais devagar no serviço do Altar, mas eu gostava, ainda assim fiquei mais dois anos. No coral da Nalva eu fiquei mais uns quatro anos... Teve um tempo que eu queimei o dedo, acabei me afastando bastante por isso... Voltei somente na época do Crisma e logo depois fiz o TLC, então eu sou fruto do TLC, faço parte da família que renasceu no TLC. E depois já ingressei como auxiliar de Catequese, fiquei na prė-catequese, perseverança, fui pra catequese eucarística, fui auxiliar de Crisma, até que fiquei como catequista de adultos. Minha última turma de catequese de adultos foi em 2012, resolvi parar por causa da faculdade, pois já estava com três DPs e o sábado já estava bem ocupado. E logo depois que eu fiz o TLC já entrei no JORRES (acho que tem uma pergunta sobre isso depois, risos), e ao mesmo tempo que eu era JORRES eu era Caminhando para Cristo, que foi o nome do grupo de oração daqui da comunidade. Até que hoje me tornei Madeiro da Cruz, por graça e misericórdia de Deus, sou Ministra da Eucaristia e eu desejo permanecer, até quem sabe um dia uma Comunidade de Aliança, se Deus permitir.


J: Qual é a importância de ter escolhido seguir o caminho de Cristo?

C: Foi muito importante, pois quando eu fiz o TLC, Deus me resgatou de um abismo que eu vivia comigo mesmo. Falta de confiança... Eu não conseguia fazer bem as coisas, minhas notas eram baixas, nas provas eu ficava com mais nervosismo, era muito acanhada, meus amigos eram poucos... Mas ao mesmo tempo eu me sentia muito acolhida na Maria Mãe da Igreja, mesmo que eu não estivesse com um grupo ou com o outro, eu fazia parte de um grupo grande, estava sempre presente. Acredito que quando Deus quis me resgatar, Ele disse assim: "Essa filha aí vai percorrer um caminho longo, mas quando estiver madura o suficiente ela vai causar um grande impacto". É o que eu sinto nos dias de hoje... Então viver com Cristo foi mais do que uma opção, foi um resgate de Deus. Um exemplo disso hoje é passar por pessoas que estudaram comigo, meus vizinhos, e muitas delas - sem julgar ninguém - já com seus filhos, com uma saúde debilitada por conta das drogas, da bebida... Penso que foi mais que uma opção, foi um resgate.

J: Como foi a sua entrada no Jorres?

C: Eu não lembro exatamente quando foi o primeiro grupo, participei na época em que os coordenadores eram o Alex, o Reinaldo e o Carlos. Quando eu comecei, foi a época em que o Maurício sofreu o acidente, então era uma luta para permanecer o Grupo, fazíamos oração e jejuns pela vida do Maurício. Teve um grupo de jovens e foi um dos primeiros que o Alex conduziu um momento com o Espírito Santo e ele cantava "encontrei-me com Jesus no Jardim...", eu já gostava de ficar lá na frente, perto de Jesus Eucarístico, e acabei repousando. Foi a primeira vez que eu repousei... Eu demorei um pouco para acordar... E a Ju se aproximou e disse: "Cá, ta na hora...". Aí eu fui me levantando, mas não acordando, era um momento de muita graça. Nós já éramos muito próximas, mas a partir dai, nós ficamos mais. Também pelo Grupo de Oração Caminhando para Cristo, pois com o acidente do Maurício, a Ju teve que ocupar outras funções no Grupo, tinha a insegurança dela, a nossa, pois estávamos começando, e aprendemos muito juntos. Os grupos eram demais, tinha os cafés da manhã, os famosos grupos da salinha... Tive muitas visões nesses grupos que se cumprem hoje em minha vida. Não da pra separar a minha história do Jorres e do Grupo de Oração Caminhando para Cristo, pois eu vivi as duas coisas muito intensamente e juntas... Era uma época muito gostosa de se viver. O que marcou o Jorres pra mim foi a espiritualidade.

J: Relembre um momento especial que você viveu no Jorres...

C: Eu fiquei durante três meses na coordenação do Jorres, e entrei no lugar do Alex. Foi uma honra, ele era demais, ele que me formou... Ele usou uma frase quando me chamou: "deixar de ser peixe pra ser perscador". Ele esteve na minha casa e me entregou um papel com dicas de como agir e não agir... E no mesmo ano que fui convidada para ser coordenadora do JORRES, Deus quis que eu fosse constituída Ministra da Eucaristia. Foi difícil, pois eu tinha o Grupo de Oração, tinha o Jorres, era Catequista e agora Ministra... Conversando com a coordenação decidi deixar a coordenação do Jorres, pois tinha mais pessoas para cuidar, ainda tendo o Fê na coordenação eu achava que era um grupo mais formado, já o grupo de oração estava capengando. A nossa realidade de Grupo de Oração não era grandiosa né? Precisava ser mais cuidado... Mas esse tempo que passei na coordenação aprendi bastante.

J: Conte como é a experiência de ser Ministra extraordinária da Eucaristia.

C: Tive duas experiências especiais que me marcaram como Ministra: A primeira foi com o meu avô que estava internado no HC, com um problema no estômago e eu ia entregar a Eucaristia a ele. Não posso dizer que meu avô foi santo, mas ele sofreu pouco enquanto estava internado. Entre sabermos que ele estava doente e ele fazer a cirurgia foi pouco menos de um mês, e ele já tinha quase 80 anos. Ele buscou muito a Deus em sua vida, sofreu apenas por um mês, e entregar Jesus na Eucaristia a ele me dava a certeza que eu não sou digna de nada, mas Deus confia na gente.
Outra experiência, foi quando eu cai com a âmbula no altar. Eu estava entregando a Eucaristia, quando terminei e me virei para devolver a âmbula ao altar, eu tropecei e cai, as partículas se esparramaram pelo presbitério,e todos viram. Quando eu cai, do jeito que cai, fiquei. O Pedro estava servindo comigo, veio e me levantou. O Padre me disse: filhinha, levanta! Acontece... Mas pra mim aquilo significava muito mais: O que é o Ministro da Eucaristia sem Jesus? O que é um pregador, um missionário se não é inspirado pelo Espírito Santo? De nada adiantava aquele cargo, se na minha vida eu não vivesse aquilo. Daquele dia em diante, eu nunca mais passei por isso. Já aconteceu até de trocar com outro Ministro por não me sentir digna de servir ao altar, não por medo de cair, mas por medo de deixar O corpo de Cristo cair no chão. Uma coisa importante que o Alex pregava era que precisávamos ter uma meta para as coisas de Deus e eu falava pra Deus que minha meta era ser Ministra da Eucaristia. Hoje a minha meta é a comunidade de aliança, que a Madeiro da Cruz chegue lá.



J: Qual é o chamado da Carol e para onde ela está sendo direcionada? 

C: O caráter do meu chamado de Renovação Carismática, começou muito cedo, quando eu participava do Grupo de Oração, e eu tenho um contato muito intenso com Deus. Até acontecem algumas coisas engraçadas, por exemplo: um dia eu estava com Rodrigo no ponto de ônibus, e ônibus nada de passar. Aí ele me disse pra pedir pra Deus pra trazer logo o ônibus, eu pedi pra Deus o CSU e em menos de 10 minutos o ônibus passou... Também, quando preciso ir ao banheiro peço pra Deus segurar o telefone para não tocar, eu vou e volto e o telefone não toca. Eu tento lutar e permanecer em sintonia com Deus no dia a dia. O meu chamado começou dentro da minha família. Somente a minha mãe ia à Missa e meus irmãos tem características bem fortes, e por muito tempo foi difícil servir a Deus dentro da minha casa. Eu lembro que no primeiro grupo do ano, o grupo dos sonhos, eu sempre escrevia na carta que a minha casa fosse um lar, porque eu não tinha prazer de estar na minha casa, era muito difícil. O meu pai, minha mãe, meus irmãos são muito bons, mas era um período muito difícil porque cada um queria viver a sua vida... A Bruna quebrou o pé, a Jéssica ia para o forró, o Lucas já se sentia dono da loja desde pequeno, meu pai sempre foi um homem muito bom e rigoroso... E um dia eu pude chamar minha casa de lar. Então percebi que meu chamado na Renovação Carismática e agora na Madeiro da Cruz e pela Maria Mãe da Igreja também é revolucionar as famílias. Claro, que a minha ainda está em período de conversão, mas a Jéssica e o Lucas têm buscado, meus pais vão à Missa todos os domingos, a Bruna apesar das dificuldades tem seus filhinhos mas é super apegada à Nossa Senhora, o Rodrigo que Deus me deu, pode ser melhor, né? (Ele vai rir quando ler isso, risos), mas é um homem de Deus. Os que mais amo são os que mais dão trabalho.

J: Quais as dificuldades de testemunhar que somos de Deus nos dias atuais?

C: Não sei se quando formos adultos (porque eu ainda acho que sou jovem, risos), será menos difícil. Mas quero mostrar para os jovens hoje que eles podem ser diferentes. Eu brinco que não faço Arquitetura, eu faço 'Arquitortura', tem toda a questão do homossexualismo, drogas, pois as pessoas se drogam muito para fazer projetos, e virar a noite e ainda continuar com a vida. Então eu tento mostrar que pode ser diferente, de serem melhores, que não precisam do mundo como pensam. Eu sou taxada como a quietinha, porque não é sempre que você pode dizer "cara, o que vc ta fazendo com a sua vida?", tem filhinho de papai que fuma maconha porque fala que cigarro é muito fraco, só por diversão, sendo que eu via amigos, do lado de casa no terreno baldio que tinha ali, sofrendo por causa das drogas. A grande dificuldade para nós que somos jovens é anunciar para quem tem a nossa idade, pois pra quem é adulto, ainda que não compreenda muito bem o que você está falando acolhe mais facilmente. Com uma criança, é o desafio de mudar o futuro dela, mas é mais fácil. Já um jovem, uma pessoa que já viveu algumas coisas e se acha dono de tudo, é complicado. 

J: Quais são seus objetivos pessoais e profissionais?

C: Num futuro bem próximo, terminar a faculdade no final de 2015 - "Ah Carol, mas falta um ano e meio". Mas poxa, já faltaram cinco, risos. Não quero passar o resto da minha vida montando casa para gente rica, porque é muita luxúria para a minha cabeça. Eu penso em construção de hospitais, reconstrução das amadas Igrejas... Hoje em dia muitos escritórios trabalham com isso, com arte sacra. Quero casar! Se Deus quiser, estamos próximo (o Rodrigo vai rir de novo, risos). Gostaria de ver também a Maria Mãe da Igreja do jeito que eu encontrei quando cheguei, uma igreja alegre, rica do Espírito Santo com pessoas que vivam a Verdade, a verdade da Igreja. Os meus maiores sonhos são esses... Vamos ver 2014 está chegando e Deus tem muitos sonhos para nós. Também não posso deixar de sonhar com a Madeiro da Cruz, hoje somos uma Equipe Missionária, com um grande sonho de levar o amor esponsal ao Crucificado pela Ssma. Virgem, levar os mais próximos a viver o amor a Cristo. E se o Senhor achar que um dia poderemos chegar à Comunidade de Vida, ou de Aliança, no meu caso, que o Senhor nos capacite. Mas enquanto estou aqui na Maria Mae da Igreja, vamos trabalhar! 

J: Como você imagina que será a sua casa?

C: Eu quero uma boa casa, eu quero construí-la, mas não será minha primeira aquisição. Então tem que ter muito verde, espaço para música, espaço para a minha 'Arquitortura' e um espaço de oração. Acho que para vivermos melhor conosco mesmo, é bom termos um momento de intimidade com Deus, eu sinto falta disso na minha casa atual, porque você vai em um cômodo e tem uma televisão ligada, no outro tem gente dormindo... Então quando eu tiver minha casa quero ter meu espaço. As outras coisas tem que ter mesmo, quarto, cozinha, banheiro, etc. 

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Edição, Redação, Fotos e Idealização: Ministério Jorres de Comunicação

Deus abençoe todos os nossos leitores ; D

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